o tal do meio-termo
eu gosto de escrever besteiras quando tô assim, num meio-termo.
meio sóbria, meio querendo ficar bêbada.
quando eu trabalhei, sem meio-termo nenhum, como uma camela.
mas aí cheguei em casa, tomei uma (duas, três, seis já não sei mais) taça de vinho e liguei o som (pode parecer coisa de velho ou de gente brega e talvez seja isso mesmo) e ouvi tom zé cantando coisas desse calibre :
"e por que que a gente tem que ser marginal ou cidadão ?
é pra ter a ilusão de que pode escolher."
então eu coloquei a água pra ferver. separei os ingredientes_a cebola sempre bem cortadinha (isso pode parecer coisa de velho e talvez seja isso mesmo).
nesse meio-tempo (não me questionem se há mesmo hífen aqui, porque isso já seria demais nessa altura) as taças de vinho iam fazendo um efeito delicioso, efeito esse que ainda sinto agora.
"quando eu vi que o largo dos aflitos não era bastante largo pra caber minha aflição.
eu fui morar na estação da luz, porque estava tudo escuro dentro do meu coração"
tom zé parece ter nascido para ser consumido com o vinho.
tudo pronto, guardanapos, pratos, sorrisos.
o rio que me aguarde porque a fome só cresce. e olha que serão só 3 dias de carnaval.
haja vinho.
1 Comments:
This comment has been removed by a blog administrator.
3:16 PM
Post a Comment
<< Home