sobre reinventar-se
31 anos.
Ainda é estranho pra mim essa coisa da idade nova. Não pela questão de envelhecer e todo o blábláblá que vem junto, mas porque isso não muda muita coisa pra mim. Ah, sim, tirando o aumento do número de cremes usados diariamente. De resto, tudo parece igual.
Igual ao diferente que vem sendo nesses últimos meses.
É porque hoje de manhã me dei conta de que esse aniversário representou muito mais que entrar pros 31.
Marca um ano de muitas mudanças na minha vida.
Me separei de uma pessoa bastante especial, me mudei de casa, criei de novo meu espaço.
Adaptações, novas descobertas.
E na esteira disso, as consequências...
Deixei de amar, amei de novo, experimentei ficar só, conheci pessoas incríveis, me desapontei, aprendi a equilibrar sozinha o aluguel, a carregar as compras do supermercado, a encarar o silêncio do quarto, a fazer receitas novas, a relevar, relevar, relevar, ihhh, como diria Tom (Jobim), tanta coisa...
Aprendi um bocado. Pra mim parece que foi muito mais que um ano.
Motivo em dobro pra comemorar.
De sentir um puta orgulho da minha casa, dos amigos novos, dos de sempre, dos amores novos, dos de sempre, das alegrias novas, das de sempre.
De olhar o joelho esfolado e saber que consegui me levantar, mesmo que a marca continue ali. Mesmo que a tristeza venha forte às vezes, que a vontade nem sempre seja correspondida, que as lembranças não sejam tão agradáveis em alguns momentos.
E a ficha de tudo isso caiu só hoje, às 8h50, enquanto eu assoprava o chocolate quente, sentada na minha poltrona.
Uma pessoa nova, sim, mas não por fazer 31 anos e sim pelos rumos, alterados constantemente. Porque, como escreve o Chico (Buarque, não o Fireman), tem coisas que não param de acontecer em nós até o fim da vida.
Acho que as mudanças são assim pra mim.
Mas tem algo que não se altera nesses anos todos: minha vontade, como já me disse Arthur, de abraçar o mundo com meus braços de adulta.
E que venha mais um ano.
*imagem de Dolls, de Takeshi Kitano
16 Comments:
para esse post, vários comentários:
* sinta mesmo esse orgulho pela conquista recente e pela passada. como sempre te digo... são por essas e outras coisas q vc é assim: admirável, apaixonante.
* não é poltrona, é banco!
* qdo tiver vontade de fazer receitas novas, lembre-se sempre q estou aqui aguardando o maldito risoto!
* e respondendo seu comentário (aleluia!) no meu blog: só voltei de férias antes dos 90 pq tbm tava com saudades de vc!
1:30 PM
então, várias respostas:
- é baaaaaaaaaaaaanco! kkkkkk
- aguarde, seu BENDITO risoto vai sair (na verdade saiu no domingo,mas vc não podia)
- eu tb tava com saudade !
bjs, gata.
2:42 PM
Baby, bom te ler, tava com saudade do texto. Agora entendo pq meus leitores do Coração Selvagem reclamavam quando eu passava um tempo sem escrever! Tão bom seguir esse teu curso rumo ao mar. Lindo isso de sentar no bancooooooo (rsrs) e ter uma epifania! Tão Fabi!!! Bjo
6:06 PM
vc me disse que estava caminhando cedo pela praia e o dia estava tão "Fabi".
vc é das poucas pessoas que conseguem captar a Fabi nas coisas, momentos e afins.
sinto sua falta.
bj
8:38 AM
Fabi querida...
A melhor coisa de envelhecer é que a gente vai adquirindo a capacidade de ter insights tomando chocolate no baaaanco (ou na poltrona, ou no carro...). É maravilhoso que você tenha aprendido que merece os auto-parabéns mais do que as auto-punições ou piedades!
Parabéns! Pelos 31 e por todo o resto!!
Beijinhos.
9:20 AM
sumidona....que bom te ver por aqui...
acho que a idade vai nos dando uma visão mais clara das coisas, né ?
bj e no aguardo da sua visita para o tão falado vinho/cerveja !
10:39 AM
Quando eu crescer quero ser igualzinho a Tia Fabi.
Sem tirar, nem pôr.
Bjo
5:22 PM
ihhhhhhhhh
não é tããããão legal assim, não, viu, Sr. Vitangelo.
mas tem gosto pra tudo, né ?
queridon.
mil vezes queridon.
8:30 AM
E eu sinto orgulho de você.
Mesmo que à distância.
Te adoro.
B.
12:53 PM
bezito !
brigada, querido !
saudade...
bjbj
2:38 PM
Que palavras.... que sensações...
Que bom poder rever um trecho da caminhada e perceber as únicas marcas que ficam são as solas do sapato desgastado; o rímel que está no fim; as risadas que já foram...
O tempo de convivência diária foi pouco. Mas sempre soube que vc tinha um "quê" especial de alegria. Fervilheta que só, não poderia ser diferente.
Na roda da vida, é muito bom compartilhar contigo, momentos como esse.
E claro, que venham outros... outras risadas, novas amizades, as velhas.... etecetera e tal...
Bjo.
Bruno.
6:41 PM
o VT7 nunca mais foi o mesmo desde que vc se foi, brun's.
kkkkkkkkkkk
estamos aí, vc sabe, pra dividir essas "coisinhas" que deixam as coisas tão mais saborosas.
beijo.
8:48 AM
Oi fab, prazer... parece que vou seguir lendo vc... parece como quem entra no meio da história e vai pro fim e volta e recomeça... bom, muito bom, muito prazer em conhecer pela palavra, som, música, ondas do mar.
inté breve, ...Dona!
(por conta de Sá&Guarabira,)
(porque tu sabes contar qual,) Desses traiçoeiros
Sonhos
Sempre verdadeiros
3:17 AM
oi, sérgio
legal que vc gostou do blog !
bj...
8:18 AM
Acho que o joelho travou e você percebeu que tinha 31 quando estava sentada na poltrona assoprando o chocolate quente, não? rs
Beijos
12:20 PM
hahahahahahahahaha
pode ser, Bibi.
bjão, querido !
12:44 PM
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