: Diz-se de criança irrequieta e traquina, que não está quieta um só momento.

Monday, December 11, 2006

ah, se eu tivesse um posto de gasolina....

A frase acima é repetida insistentemente por uma das personagens da peça "Inocência".
São pessoas que vivem no limite, que se perguntam o motivo de estar aqui, de fazer tudo o que fazemos. O porquê de não colocar um fim nessa porra toda.
Vi a peça ontem na Roosevelt. Já tinha visto "A Vida na Praça Roosevelt", também da Dea Loher e tinha gostado muito.
Mas Inocência dói mais. Expõe mais. Desmascara mais e mais as coisas mais nojentas que temos. E somos.
Além do texto genial, conta pontos também a inovação do Grupo Satyros, ao fazer uma peça que mistura imagens feitas em vídeo e um simples retroprojector, gerando um resultado inusitado e lindo. Sinal de que não é porque o grupo é alternativo e não tem grana que tem que fazer um trabalho mandrake.
De quebra, na saída ainda tem uma cerveja super gelada.
Vale a pena. A peça fica em cartaz só até domingo (17). Corram e reservem seus lugares.
Tapa na cara, minha gente !!!!
É preciso uma dose dessas de vez em quando.