: Diz-se de criança irrequieta e traquina, que não está quieta um só momento.

Saturday, March 22, 2008

Amar é......

devo confessar que tenho meio que um "irc" dessa coisa "amamos os anos 80".
eu acho que foi o tempo do brega : das músicas às roupas.
mas do nada, agora, me lembrei dessas figurinhas. eu gastava boa parte da minha mísera mesada nisso aí.
acho que já fui mais romântica.....

cronópios e famas

tava conversando com Monique no MSN e ela me contou que tá de cama. com isso, tá lendo até Paulo Coelho (mentira, Monique, sei que vc não chegaria a tanto).
me pediu uma dica de um livro bacana. disse a ela pra ler "Histórias de Cronópios e de Famas", do Cortázar.
eu já li umas duas vezes....é surreal, divertido ! aí me deu uma saudade de ler de novo !
vai um pequeno trecho para vcs se animarem a ler o livro todo, porque vale muito a pena.

O esmagamento das gotas
Eu não sei, olhe, é terrível como chove. Chove o tempo todo, lá fora fechado e cinza, aqui contra a sacada com gotões coalhados e duros que fazem plaf e se esmagam como bofetadas um atrás do outro, que tédio.
Agora aparece a gotinha no alto da esquadria da janela, fica tremelicando contra o céu que a esmigalha em mil brilhos apagados, vai crescendo e balouça, já vai cair e não cai, não cai ainda. Está segura com todas as unhas, não quer cair e se vê que ela se agarra com os dentes enquanto lhe cresce a barriga, já é uma gotona que pende majestosa e de repente zup, lá vai ela, plaf, desmanchada, nada, uma viscosidade no mármore.
Mas há as que se suicidam e logo se entregam, brotam na esquadria e de lá mesmo se jogam, parece-me ver a vibração do salto, suas perninhas desprendendo-se e o grito que as embriaga nesse nada de cair e aniquilar-se.
Tristes gotas, redondas inocentes gotas. Adeus gotas. Adeus.