: Diz-se de criança irrequieta e traquina, que não está quieta um só momento.

Wednesday, February 14, 2007

compulsiva

hoje eu tô o capeta nesse blog. não consigo parar de postar. e o pior, tô atrasada pro trampo.
mas, prometo, é a última do dia.
isso é do Sérgio Mello :

é só eu dizer “ESSA BANDA É FODA”
que você logo trata de achatar o ar com a mão pedindo silêncio
olha pros lados pra ver se ninguém se incomodou
embora nunca estejamos exatamente
numa sala de leitura
berçário
ou naquela brincadeira do copo
depois rouba o fone do meu ouvido esquerdo
que nem aperta o meu canudo
porque o barulhinho de ralo do copo é seu e sempre será
e fica esperando o próximo refrão
olhando o meu rosto como se procurasse a casinha do seu cachorro
no google earth
tanto trabalho pra no final dizer
“prefiro as antigas”
sobrando pra mim a tarefa de explicar às crianças
que o rojão não estourou porque dormiu na chuva

quem publica aquilo ????

duas chamadas na capa do msn.
em uma delas, uma foto de uma mulher gargalhando, cartão em punho e a manchete embaixo :
"você sabe calcular sua dívida no cartão ?"
e na outra, um casal, com um cara vestindo uma blusa de gola rolê e um martini na mão e a legenda :
"homens dão dicas do que fazer para causar boa impressão".
vamô lá :
- você acha mesmo que se alguém tem dívida no cartão tem motivos pra ficar rindo ?
- exceto os gays, que mulher se interessaria por um cara que toma o martini com o dedinho levantado e usa uma blusa de gola rolê ?
que porra é essa ?????

da série DT (divagações no trânsito) 2

eu uso óculos.
poder optar por ver as coisas distorcidas é bom.
é só tirar e se tem uma visão um pouco mais embaralhada.
ver tudo certinho o tempo todo é desumano.

acontece......

"Meu pai tinha um grande viveiro, cheio de pássaros, de todos os tipos, de todos os modos de cantos. Era o hobby do velho – Criar pássaros. Ele ficava horas olhando os bichos. Quando a gente se aproximava pra chamar ele pra jantar, descrevia cada um deles - O modo como viviam na natureza, como cantavam, como se reproduziam. Eu ficava hipnotizado com as histórias do meu pai sobre os pássaros. Um dia ele abriu a porta do viveiro e deixou todos saírem. Os que não queriam sair, ele pôs para fora. Então ele passou a ir direto pra mesa, jantar. Ninguém falava no assunto. Um dia ele estava limpando o viveiro vazio. Eu fiquei olhando ele trabalhar. Ele me viu observando. Sorriu e me chamou pra perto e disse: Um dia, você também vai se cansar do que mais gosta na vida. É normal. Acontece." (Rubens K)